Luquinha foi o maior pistoleiro do Vale do Piancó e um dos maiores da Paraíba; quiça do Brasil.
Não se sabe, ao certo, o lugar em que ele nasceu. Uns dizem que foi em Aguiar; outros que em Boqueirão dos Cochos (hoje, Igaracy). Em qualquer das duas na qual tenha nascido, será, originariamente, de Piancó, porque ambas, na época do nascimento dele, pertenciam a Piancó.
Luquinha nunca foi preso. Isso gerou muitas lendas sobre ele: Que quando a polícia chegava ele se transformava em formiga; histórias de fugas espetaculares, em que fora cercado pela polícia numa casa, jogou um tamborete pela janela, atirou e saiu pela portas dos fundos... Enfim, histórias fantásticas e maravilhosas criada por um povo acostumado a criar fantasias, para enfrentar a realidade dura do sertão...
A verdade é que Luquinha, como tantos pistoleiro, era protegido e acoitado por donos de terras; grandes fazendeiros; daí, sempre se safar.
Luquinha... Que criança de Piancó não ouvia falar nele, em histórias contadas pelo pai (da criança)?
Luquinha, então, se multiplicou...
Não houve um só Luquinha; houve vários. Luquinha virou uma metonímia e hoje é parte da história da região.
(Essa crônica dedico ao meu amigo/parente/conterrâneo Marcello Piancó e ao também amigo do peito Francisco Pinto).
João Trindade